Marketing é uma atividade que muda todo dia. Ou seja, o profissional precisa estar antenado e atento às mudanças.
A tecnologia é primordial para o desempenho, mas não é o fator que determina o sucesso.
E o segredo está nas ferramentas que não podem comprometer as características humanas. Ficou confuso? Te explico melhor nesse artigo, que tem o objetivo de questionar a modelagem organizacional e traçar o perfil do executivo de marketing que o mercado precisa nos dias atuais.
Em mais de duas décadas, observamos mudanças de ordem estrutural — da chegada da internet até o Business Intelligence, que se tornou um dos principais aliados das áreas críticas dos negócios —, mas não conceitual.
Em um bate-papo com uma das principais referências de head hunting e outplacement do mercado, Rubens Prata, CEO da STATO Consultoria, este fato ficou evidente, assim como ações do dia a dia do profissional de Marketing e das empresas, que buscam atender às demandas da Transformação Digital, mas sem migrar o mindset.
Porém, fica a pergunta: como fazer isso?
A boa e velha reciclagem, que ganha os nomes pomposos de reskilling e upskilling, atualiza os profissionais e os elevam de patamar. Entretanto, se não houver o entendimento de todo o processo e dos aprendizados a cada projeto, apenas o resultado não vale — e, sim, o como.
Nessa onda do pulsar, pular etapas parece normal no cotidiano, o que implica, também, na falta do pensamento crítico e da análise de cada caso, o que pode comprometer projetos grandiosos, gerando prejuízos milionários.
Por isso, muitas empresas têm recorrido aos Conselhos de Administração, mentoria e tutoria, para sanar os vácuos que a tecnologia adicionou às novas gerações.
E conexão, IoT, Machine Learning, etc, são importantes. Utilizamos diariamente em todos os projetos, mas a ressalva e a indagação que quero provocar é voltar à essência e valorizar o que realmente agrega valor.
As competências dos profissionais, por exemplo, não mudaram. Passaram a ser moldadas de acordo com a evolução do mercado. E pode parecer estranho, mas a demanda do profissional do futuro é ler, escrever e saber matemática, segundo Salman Khan, influente pensador da educação global.
Outro tópico relevante é o como pensar o Marketing de forma estratégica na companhia. Ele não gera custo e, sim, lucro se bem gerido. Não é preciso realizar ações mirabolantes para ter bons resultados. Basta apenas focar no negócio, no público-alvo e fomentar as ações certas.
Afinal, o Marketing é fundamental para empresas de qualquer segmento ou porte por ser quem conversa e interage com o cliente — é o oxigênio das organizações.
Voltando para a conversa com Rubens Prata, todos os cargos de gestão executiva devem perceber que as áreas são uma única empresa e, não concorrentes internos, o que acontecia nos modelos antigos de gestão.
Assim, só o Marketing para apoiar na implantação dessa cultura organizacional e ter a valorização das atividades vindas do C-Level.
E, você, que é do Marketing ou que está entrando na área, inteire-se das novas tecnologias, Nova Economia, Growth Marketing, interprete dados, entenda as áreas correlatas, gerencie, atue com times remotos e adicione uma visão especialista, mas não esqueça das competências humanas e das teorias que estão há tempos em nossa sociedade, apenas mudando de nome, mas mantendo o seu cerne — e funcionando muito bem!